Orientações para realização de Prostatectomia Radical Laparoscópica

O tratamento padrão-ouro para o câncer de próstata se dá através da remoção total da próstata e das vesículas seminais, podendo-se retirar alguns gânglios regionais. O nome deste procedimento chama-se "prostatovesiculectomia radical", mas é mais conhecido como sua abreviação, a "prostatectomia radical". 

Esta cirurgia foi descrita inicialmente por via aberta, com uma incisão longa na parede abdominal inferior, mas, nos últimos anos, as vias menos invasivas têm-se mostrado seguras e ganharam popularidade, sendo a mais popular delas a via laparoscópica. Os resultados do controle do câncer em pacientes submetidos à cirurgia laparoscópica e aberta são essencialmente idênticos. Isto é confirmado nas principais instituições em todo o mundo onde este procedimento é realizado rotineiramente.

Nos dois tipos de abordagens, a próstata e as vesículas seminais são removidas, mas, como as incisões da via laparoscópica são pequenas (5 a 11mm), a recuperação do paciente tende a ser mais breve, com retorno mais precoce ao trabalho, menos dor pós-operatória, menos perda sanguínea durante a operação e melhor resultado estético. Trata-se portanto de uma intervenção minimamente invasiva, sendo uma forma mais avançada de prostatectomia. 

Sobre o procedimento:

Objetivo do procedimento:

1) Remover o câncer por completo, com margens cirúrgicas negativas (sem câncer), perda de sangue mínima e sem graves complicações peri-operatórias;

2) Preservação da continência urinária;

3) Preservação da ereção;


Na véspera do procedimento:

No pós-operatório imediato:

Após a alta hospitalar:

- edema: trata-se do inchaço que pode acontecer no corpo do pênis e região genital, durando de 5 a 15 dias.

- sangramento/hematoma: é comum o aparecimento de alguns sinais de sangue ao redor da cicatriz às trocas de curativo, por isso ele deve ser trocado diariamente. O acúmulo de sangue abaixo da área operada, hematoma, eventualmente ocorre e é reabsorvido após alguns dias. Além disso, eventualmente observamos equimose arroxeada no dorso, que também desaparece após alguns dias.

- dor: apesar de poder haver dor, o mais comum é um relato de incômodo local, para isso são utilizados medicamentos específicos.

- sensação de vontade de urinar: o balão da sonda que fica insuflado com água destilada dentro da bexiga estimula a mesma e isso gera essa sensação, que em geral diminui com o passar dos dias. Em casos de persistência, existem medicamentos para isso também, solicite a seu médico.

- obstipação: é comum a sensação de intestino preso e muitas vezes a evacuação só ocorre em casa, após a alta. Na internação, serão administrados medicamentos para controle disso e na alta podemos deixar as mesmas medicações caso não melhore o sintoma.

- saída de secreção ao redor da sonda: isso é comum após alguns dias de uso da sonda e não significa desenvolvimento de infecções, trata-se apenas de uma reação natural de nosso corpo ao corpo estranho ao organismo que é a sonda vesical. Nada precisa ser feito, apenas limpe no banho diariamente.

- urina avermelhada: é comum sua urina ficar tingida de rosa ou vermelho quando você se movimenta um pouco mais. Isso é devido ao cateter esfregar-se contra sua bexiga e uretra. Se isso ocorrer, reduza suas caminhadas e aumente a ingestão de líquidos.

No retorno ao consultório:

Confira o termo de consentimento informado para realização da prostatectomia radical laparoscópica:

TERMO PTR VLP.pdf