Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM)

O que é?

A Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecida popularmente como "menopausa masculina" ou "síndrome da deficiência de testosterona", refere-se a um conjunto de sintomas e alterações associados à diminuição gradual dos níveis de testosterona em homens, à medida que envelhecem, geralmente a partir dos 40 anos em diante.

Apesar de ser conhecida popularmente como “andropausa”, não devemos chamá-la dessa forma porque difere de seu equivalente menopausa em vários aspectos: não ocorre em todos os homens que envelhecem, os sinais e sintomas não são exclusivos desta entidade e não se manifesta em uma estreita faixa etária. O que pode ocorrer é uma diminuição da produção de testosterona – em geral, em torno de 12% a cada década de vida. Assim, o termo mais utilizado no Brasil é DAEM: Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino, que é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição da concentração de androgênios no homem. Estudos apontam que apenas cerca de 20% dos homens após os 40 anos terão a queda de testosterona.

Sintomas

Entre os sintomas, os que mais comumente podem estar presentes são:

Causas

A deficiência da testosterona pode ser devida a alterações em vários níveis do eixo hipotálamo-hipofisário-testicular. Anormalidade nos testículos (DT primária), deficiência na hipófise ou hipotálamo (secundária) e mista (associação de primária mais secundária).

Diagnóstico

O diagnóstico do DAEM deve ser sempre clínico e laboratorial. Ou seja, para se fazer o diagnóstico o homem tem que ter sintomas – alguns dos citados anteriormente – junto com uma dosagem sérica de testosterona baixa. Recomenda-se a dosagem de testosterona total e, se esta estiver baixa, deve-se repetir a dosagem da testosterona total, pedindo também a dosagem da Testosterona Livre Calculada, LH e prolactina (no caso de diminuição da libido). A dosagem de testosterona livre por radioimunoensaio, em geral, não deve ser feita, pois os resultados apresentam grande variabilidade.

Tratamento

O tratamento se dá por meio da administração de medicamentos. No Brasil, as formulações mais utilizadas são as injetáveis de curta e longa ação (Undecilato de Testosterona ou associação de ésteres de testosterona) e as transdérmicas, em forma de solução axilar e gel cutâneo.